Rivais na Liga Nacional masculina, Rick e Guga lamentam baixo nível da competição
Segundo os dois atletas, esporte ainda carece de falta de estrutura, apoio e incentivo
28/11/2011 16:55 - Atualizado em 28/11/2011 17:15
Por Francisco Junior
RIO
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Após o fim de mais uma Liga Nacional de Handebol – o Pinheiros venceu o Metodista e conquistou o tetra no último domingo -, dois jogadores tiveram a mesma opinião quanto à qualidade da competição. Para Luiz Ricardo Nascimento, o Rick, do Unopar Londrina/Secomtel-PR, e Gustavo Henrique Lopes Silva, mais conhecido como Guga, do Metodista/São Bernardo-SP, são poucos clubes disputando a competição. Além disso, a falta de uma melhor estrutura também foi apontada como um dos problemas que a modalidade encontra em sua luta para alcançar um patamar de destaque no Brasil.
- O handebol fica muito concentrado no sul e no sudeste. Encontramos bons atletas em Jogos Universitários e Jogos do Interior. O que falta é incentivar e apoiar mais para que eles possam continuar na modalidade. Por exemplo, é complicado para um clube do nordeste viajar para o sul e sudeste, jogar no final de semana e voltar. Os clubes precisam de suporte para esses gastos – disse o goleiro, camisa 16 do único clube que não era de São Paulo nas semifinais da Liga Nacional 2011.
Leia mais: Pinheiros vence a Metodista e conquista seu quarto título da Liga Nacional
Na visão do central Guga, a formação de novos atletas para manter uma seleção forte fica comprometida. Sem a continuidade daqueles que são descobertos nas escolas e passam pelas categorias de base de alguns clubes, mas não encontram retorno financeiro para viver do esporte, o desenvolvimento da modalidade esbarra na pouca produção de matéria-prima, dificultando o trabalho de treinadores na categoria adulta.
O camisa 20 da equipe de São Bernardo do Campo afirmou que São Paulo está na frente de outros estados devido à organização. Mas, mesmo defendendo um clube paulista, o central não se mostrou contente. Em sua opinião, outros estados não apresentam evolução e, com isso, não há competições fortes.
- É muito ruim para o handebol nacional acontecer isso. São jogos contra os mesmos clubes. Acaba diminuindo nosso intercâmbio. Na competição nacional, quando entram outras equipes, mesmo quando cometemos erros técnicos, muitas vezes acabamos conquistando as vitórias. Isso atrapalha muito – analisa o integrante da equipe vice campeã da Liga Nacional, de 32 anos.
Quem seria o responsável por lapidar os diamantes, muitas vezes precisa ainda procurá-los. Ciente dessa responsabilidade, o técnico da seleção feminina, o dinamarquês Morten Soubak, já detectou o problema que vem da base.
- No Brasil, há um bom número de praticantes nas escolas, mas os atletas não têm para onde ir. Quem investe mais, quem joga mais, quem tem mais campeonatos e intercâmbios consegue desenvolver melhor o handebol – revela Morten Soubak, técnico da seleção feminina.
Confira abaixo os sete clubes que disputaram a Liga Nacional 2011 e a fórmula de disputa da competição:
Força Jovem Sport Clube-ES
FME Campos/Wizard-RJ
Metodista/São Bernardo-SP
TCC/Unitau/Unimed/Taruma/Taubaté-SP
Itapema/Aceu/Univali/Amaj-SC
EC Pinheiros-SP
Unopar Londrina/Secomtel-PR
O sistema de disputa da Liga Nacional de handebol masculino 2011 era baseado na disputa de turno e returno na fase classificatória, sendo todos contra todos. Os quatro primeiros avançaram à fase final no formato de cruzamento olímpico - 1° (Metodista) x 4° (Taubaté) e 2° (Pinheiros) x 3° (Londrina). As semifinais foram definidas em apenas um jogo, sendo a melhor campanha na primeira fase o critério de desempate (Metodista e Pinheiros tinham a vantagem do empate). A final, entre as duas melhores equipes da competição, também foi decidida em partida única (vitória do Pinheiros e conquista do quarto título da Liga).
http://www.ahebrasil.com.br/noticias/2011/11/28/handebol/rivais+na+liga+nacional+masculina+rick+e+guga+lamentam+baixo+nivel+da+competicao.html
- O handebol fica muito concentrado no sul e no sudeste. Encontramos bons atletas em Jogos Universitários e Jogos do Interior. O que falta é incentivar e apoiar mais para que eles possam continuar na modalidade. Por exemplo, é complicado para um clube do nordeste viajar para o sul e sudeste, jogar no final de semana e voltar. Os clubes precisam de suporte para esses gastos – disse o goleiro, camisa 16 do único clube que não era de São Paulo nas semifinais da Liga Nacional 2011.
Leia mais: Pinheiros vence a Metodista e conquista seu quarto título da Liga Nacional
Na visão do central Guga, a formação de novos atletas para manter uma seleção forte fica comprometida. Sem a continuidade daqueles que são descobertos nas escolas e passam pelas categorias de base de alguns clubes, mas não encontram retorno financeiro para viver do esporte, o desenvolvimento da modalidade esbarra na pouca produção de matéria-prima, dificultando o trabalho de treinadores na categoria adulta.
O camisa 20 da equipe de São Bernardo do Campo afirmou que São Paulo está na frente de outros estados devido à organização. Mas, mesmo defendendo um clube paulista, o central não se mostrou contente. Em sua opinião, outros estados não apresentam evolução e, com isso, não há competições fortes.
- É muito ruim para o handebol nacional acontecer isso. São jogos contra os mesmos clubes. Acaba diminuindo nosso intercâmbio. Na competição nacional, quando entram outras equipes, mesmo quando cometemos erros técnicos, muitas vezes acabamos conquistando as vitórias. Isso atrapalha muito – analisa o integrante da equipe vice campeã da Liga Nacional, de 32 anos.
Quem seria o responsável por lapidar os diamantes, muitas vezes precisa ainda procurá-los. Ciente dessa responsabilidade, o técnico da seleção feminina, o dinamarquês Morten Soubak, já detectou o problema que vem da base.
- No Brasil, há um bom número de praticantes nas escolas, mas os atletas não têm para onde ir. Quem investe mais, quem joga mais, quem tem mais campeonatos e intercâmbios consegue desenvolver melhor o handebol – revela Morten Soubak, técnico da seleção feminina.
Confira abaixo os sete clubes que disputaram a Liga Nacional 2011 e a fórmula de disputa da competição:
Força Jovem Sport Clube-ES
FME Campos/Wizard-RJ
Metodista/São Bernardo-SP
TCC/Unitau/Unimed/Taruma/Taubaté-SP
Itapema/Aceu/Univali/Amaj-SC
EC Pinheiros-SP
Unopar Londrina/Secomtel-PR
O sistema de disputa da Liga Nacional de handebol masculino 2011 era baseado na disputa de turno e returno na fase classificatória, sendo todos contra todos. Os quatro primeiros avançaram à fase final no formato de cruzamento olímpico - 1° (Metodista) x 4° (Taubaté) e 2° (Pinheiros) x 3° (Londrina). As semifinais foram definidas em apenas um jogo, sendo a melhor campanha na primeira fase o critério de desempate (Metodista e Pinheiros tinham a vantagem do empate). A final, entre as duas melhores equipes da competição, também foi decidida em partida única (vitória do Pinheiros e conquista do quarto título da Liga).
http://www.ahebrasil.com.br/noticias/2011/11/28/handebol/rivais+na+liga+nacional+masculina+rick+e+guga+lamentam+baixo+nivel+da+competicao.html
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