Handebol

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Encontro de gerações é a marca da seleção brasileira feminina na disputa do Mundial

Encontro de gerações é a marca da seleção brasileira feminina na disputa do Mundial
Time reúne atletas das mais variadas idades para tentar fazer bonito jogando em casa
28/11/2011 12:29 - Atualizado em 28/11/2011 12:50
Por Beatriz Karoline De Paula
São Paulo
Duda Amorim acha que as mais velhas do grupo tem papel de professoras - Cinara Piccolo / Photo & GrafiaExperiência e juventude. Maturidade e vitalidade. Poucas equipes têm a chance de unir em um grupo tantas características como a seleção brasileira feminina de handebol. Às vésperas de estrear no Campeonato Mundial, que ocorre pela primeira vez no Brasil, de 2 a 18 de dezembro, em São Paulo, as jogadoras do time destacaram a importância de o elenco contar com talentos de “quatro gerações”.

A goleira Chana, a mais experiente do grupo e, por isso, representante da chamada “primeira geração”, considerou que essa mistura de atletas de várias idades é positiva.

- Acho que é sempre bom e, por isso, o grupo é forte. É ruim ter uma equipe muito experiente, porque quando acaba essa geração, as mais novas vêm sem conhecimento. Mas por outro lado, também não é bom ter um time muito jovem, porque falta maturidade para os momentos decisivos. E por isso, acho que nosso grupo está perfeito. Unindo a galera jovem, que está chegando agora, cheia de energia, com atletas mais experientes, como eu e a Dani - avaliou a goleira, de 32 anos, que atua pelo Randers HK, da Dinamarca.

Leia mais: Seleção brasileira feminina derrota a Holanda em amistoso

Com apenas 21 anos, a meia esquerda Moniky, destaque do Metodista/São Bernardo, disse que tem aprendido bastante com o grupo que disputará o Mundial.

- Essa diferença de idade e experiência traz muita coisa boa para gente. Principalmente para mim, que ainda jogo no Brasil. É muito bom atuar com elas e entrar no ritmo de jogo, que é completamente diferente do ritmo do nosso país. As meninas que jogam fora nos ajudam nesta adaptação. Eu e a Jéssica, que somos as mais novas do grupo, estamos aprendendo bastante. O Brasil deu um salto importante no handebol e essa mistura de gerações ajuda o esporte. Fico feliz de estar neste time e contribuir com a seleção - disse a sergipana, representante da “quarta geração”.

A pivô Dani Piedade, que pertence à “segunda geração”, comentou que essa mistura de idades é uma fórmula que tem funcionado.

- A renovação sempre vai existir e isso é bom. Essa mistura de experiência com juventude sempre deu certo. Não é a primeira vez que acontece e é positivo justamente porque traz a experiência das mais velhas e a vitalidade das mais jovens. As novatas têm uma energia bacana, elas brincam e acabam animando a gente (as mais velhas) quando estamos meio para baixo - falou a paulistana, de 32 anos, que joga no Hypo, da Áustria.

Goleia Chana é a mais experiente do grupo, com 32 anos - Cinara Piccolo / Photo & Grafia

Pertencente à “terceira geração” de atletas, a catarinense Eduarda Amorim, de 24 anos, concorda com as colegas. E acha que as mais velhas têm um papel de ‘professoras’.

- Essa troca é bem positiva. As pequenas (de idade) estão aprendendo com as mais velhas e experientes. A gente ajuda nesse processo de evolução e aprendizado delas. Acho legal isso - considerou Duda, idolatrada pela torcida do Györi Audieto KC, da Hungria.

Opinião de quem entende

Quem também falou do encontro de gerações e destacou como positivo o fato de o Brasil ter um grupo tão heterogêneo foi Robson Sanches, ex-treinador da seleção feminina de juniores, que ajudou a lapidar muitas atletas do atual elenco.

- Este time reúne talentos de “quatros gerações”. E na minha opinião é o melhor grupo de todos os tempos. Acho que a seleção está muito bem e agora é hora de colher os frutos - ressaltou Robson, que trabalhou com a base da seleção brasileira de 2002 a 2009, treinando atletas como Deonise, Fabiana Diniz (Dara), Silvia Helena, entre outras.

O ex-treinador está otimista com o desempenho do elenco no Mundial Feminino de Handebol. E garantiu que vai estar na torcida.

- Acredito que a seleção vai melhorar a classificação com relação ao Mundial da Rússia, quando o time conquistou seu melhor resultado na competição (sétimo lugar, em 2005), e tem tudo para ficar entre as quatro primeiras - comentou.

http://www.ahebrasil.com.br/noticias/2011/11/28/handebol/encontro+de+geracoes+e+a+marca+da+selecao+brasileira+feminina+na+disputa+do+mundial.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário