Handebol

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Handebol do Brasil ganha apoio e assume futuras cobranças


Anderson Rodrigues

 
Atual campeão pan-americano masculino e feminino, o handebol brasileiro precisa mostrar mais resultados. Com apoio do Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) apresentou nesta terça-feira um novo patrocinador (Banco BVA). Em um evento em São Paulo, o presidente da entidade afirmou que o esporte vive o melhor ano preparatório para Pan-Americano, Mundial e Olimpíada, mas que deve haver, sim, cobranças. Resultados a curto prazo, para Guadalajara, em outubro, Mundial Feminino, em dezembro, no Brasil, e Jogos de Londres, em 2012.
Com as presenças dos técnicos dinamarquês Morten Soubak (Seleção feminina) e o espanhol Javier Garcia Cuesta (Seleção masculina) e de atletas de ambas as seleções (Tupan, Maik, Zeba, Tayra e Moniky), o presidente Manoel Luiz Oliveira falou sobre a importância do novo investidor, da construção de um Centro Nacional de Treinamentos em São Bernardo (previsto para 2012, com investimento de R$ 12 milhões) e de uma Seleção B, masculina e feminina, já para 2013, com atletas jovens, visando a renovação e de olho no desempenho nos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro.
"Nós conseguimos um fato inédito em 2011: que os clubes liberassem os atletas para a Seleção permanente, com treinos durante o ano todo, amistosos e torneios no Brasil e exterior. Fizemos de tudo para elaborar e executar a preparação do projeto para conquistarmos o ouro no Pan em Guadalajara e irmos bem no primeiro Mundial a ser realizado nas Américas. É um ano especial e de cobranças", avisou.
Objetivos
Para chegar aos Jogos Olímpicos de Londres no ano que vem, as duas equipes precisam repetir em Guadalajara o feito do Rio 2007: conquistar dois ouros. "Se isso não acontecer, o caminho fica longo, com um torneio com equipes fortes europeias, que pode ter Dinamarca, Croácia, Alemanha, Hungria e Noruega. O caminho mais curto é conquistar o Pan. O ouro é fundamental", disse o técnico da Seleção Brasileira masculina, Javier Garcia.
A pressão sobre o ouro pan-americano em outubro pode ser comprovada pela experiência da seleção Argentina, que no Rio 2007 não levou os melhores atletas, ficou com a prata e não conseguiu depois a vaga em Pequim 2008.
"Hoje, por exemplo, estamos em um nível técnico abaixo ao da Argentina. Isso foi comprovado no Mundial (na Suécia, em janeiro, quando o Brasil amargou a 21ª colocação, enquanto os rivais foram 12º). No Pan, eles vão com os melhores jogadores, que atuam na Europa. Mas estamos trabalhando duro para cumprir esta meta de classificar para Londres, senão depois será complicado", completou o jogador Tupan.
A Seleção feminina foi congratulada com um convênio entre a CBHb e o Hippo, melhor clube da Áustria, que hoje tem oito brasileiras. O Brasil receberá o Mundial entre os dias 3 e 13 de dezembro, em São Paulo, com partidas também em Santos, Barueri e São Bernardo.
"Por sermos a modalidade com mais praticantes em escolas, com muitas crianças jogando handebol, temos de corresponder em grandes eventos. Acredito nas comissões técnicas das seleções e em nossos atletas. O projeto é representar bem o Brasil em casa em 2016", finalizou o presidente da CBHb.

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